A quarta revolução industrial, a chamada indústria 4.0, parece ser um caminho sem volta para o futuro da fabricação de produtos em larga escala, já em andamento em países como Alemanha e Estados Unidos e em implantação no Brasil. As empresas que não quiserem ficar atrás na capacidade de se integrar a cadeias globais de produção têm que agir rápido. Além de modernizar processos, terão de buscar profissionais que deem conta de integrar as tecnologias disponíveis no mercado para melhorar o processamento de produtos.

Para atender a essa demanda, o Centro Paula Souza (CPS) desenvolveu o novo curso superior tecnológico de Manufatura Avançada. A graduação passa a ser oferecida no segundo semestre de 2018 na Faculdade de Tecnologia de Sorocaba.

“Até há pouco tempo, o desafio das empresas era melhorar a interação entre homem e máquina”, explica o coordenador de projetos da Unidade de Ensino Superior de Graduação (Cesu) do CPS Samuel Franco, que participou da elaboração do curso. “O tecnólogo em Manufatura Avançada vai trabalhar para que os equipamentos e dispositivos envolvidos em determinado processo de fabricação cominiquem entre si, garantindo constância na melhoria de qualidade e redução de custos.”

Integrando tecnologias

A primeira revolução industrial, do final do século 18, foi aquela que incorporou máquinas movidas a vapor para mecanizar a fabricação de produtos, que ainda era feita de forma artesanal. A partir da década de 1870, a introdução da energia elétrica no processo possibilitou a massificação de produtos. Já no final dos anos 1960, a eletrônica, a tecnologia da informação e os primeiros robôs entram nas fábricas para otimizar a produção.

Na indústria 4.0, por meio da internet, são englobadas algumas tecnologias para automação e troca de dados, utilizando conceitos de sistemas ciber-físicos, internet das coisas e computação em nuvem. O objetivo é aumentar a produtividade, obter prazos mais curtos para lançamento de produtos e mais flexibilidade nas cadeias de produção, entre outros.

Uma das principais características desta nova cadeia produtiva é habilitar máquinas para que possam reproduzir diferentes modelos de um produto em sequência, sem qualquer necessidade de parada para reconfiguração. Outra é criar postos de trabalho altamente qualificados. “Este tecnólogo do futuro será um profissional capaz de pensar a manufatura como um todo, analisar as tecnologias mais adequadas para fazer o produto e, principalmente, integrá-las para melhorar o processamento desses produtos”, afirma Franco.

Por enquanto, os principais setores que necessitam deste tecnólogo são o automotivo, metal-mecânico, de eletrônica e de energia. Este profissional pode atuar tanto como funcionário quanto prestar consultoria para aperfeiçoamento de parques industriais.

Processo seletivo

Quem quiser se tornar um tecnólogo em Manufatura Avançada já pode se inscrever no vestibular da Fatec para o segundo semestre de 2018 – o prazo vai até 8 de Junho. A Fatec Sorocaba oferece 40 vagas no período da manhã. O curso tem três anos de duração.

Outras graduações já tradicionais na Fatec Sorocaba são: Fabricação Mecânica, Projetos Mecânicos, Polímeros, Eletrônica Automotiva, Processos Metalúrgicos, Logística, Processos Metalúrgicos, Sistemas Biomédicos, Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

Inscreva-se para o Vestibular